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Transformadores

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Alana da Costa

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Postado:

Fonte:

28/01/23

Somos Diversidade

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Atualmente cursando o 6° semestre do curso de Sistemas para Internet no Instituto Farroupilha – IFFAR e estagiando na Prefeitura municipal de Panambi/RS. Iniciei a minha carreira profissional fazendo um curso profissionalizante de jovem aprendiz pelo SENAI-RS, porém este no setor metalúrgico. O Curso durou o período de um ano e meio e logo fui contratada temporariamente pela empresa que havia me contratada para fazer o curso. Trabalhei por três meses naquela empresa e após fui demitida, pois o contrato havia acabado.

 

Esta empresa até me chamou novamente para ser de fato efetivada em tempo integral, mas como os horários não batiam com os meus horários de estudo, escolhi não retornar para aquela empresa. Após o período de um ano procurando emprego, consegui ser efetivada em uma nova empresa, também no setor metalúrgico, e lá permaneci mais cinco meses quando em março deste ano realizei a prova seletiva do CIEE-RS para fazer estágio no setor de informática na prefeitura municipal de Panambi/RS.

 

Consegui passar em primeiro lugar na seleção e então pedi demissão no emprego em que eu estava no setor metalúrgico e iniciei uma nova jornada agora no setor de informática, no qual eu sempre almejava e ao qual estava estudando, e iniciei o meu estágio na prefeitura municipal de Panambi/RS na qual estou atualmente.

 

Quais as maiores conquistas e os maiores desafios em sua vida/carreira?

Algo que já considero uma conquista é por ser uma pessoa determinada, um exemplo disso foi que ganhei a consideração de aluna destaque quando realizei o curso profissionalizante de jovem aprendiz pelo SENAI-RS. Já um dos maiores desafios para a minha vida/carreira, é o fato de ser uma pessoa trans buscando destaque em uma sociedade que todos nós sabemos ser cheia de preconceito para com minorias sociais.

 

Ser uma pessoa trans foi dificultador ou não teve importância nesta sua trajetória?

Por medo do preconceito e viver em uma cidade de interior extremamente conservadora, me assumi como uma pessoa trans muito recentemente, então grande parte da minha vida/carreira foi disfarçada como uma pessoa cis. Usei disso para construir a minha base, pois com certeza se eu tivesse me assumido trans desde o começo em uma cidade de interior extremamente conservadora, não haveria chegado onde cheguei. Este foi um período muito difícil para mim, pois necessitava ser uma pessoa que não era, porém era necessário. Meu maior planejamento atual é me mudar desta cidade e ir para uma que eu me sinta mais confortável em relação a minha identidade, onde nesta, poderei assumir a minha verdadeira identidade trans e conviver com a minhas verdades.

 

Para as pessoas e profissionais trans, que recado você deixaria?

A nossa luta é coletiva, ela pertence a todes nós pessoas transgêneras, por isso nunca desistem, quanto mais pessoas como nós ocuparmos todos os espaços possíveis e mostrarmos que somos dignas de todo o respeito, mais poderemos melhorar a nossa situação perante a sociedade.

 

Para a sociedade, qual recado você deixaria?

Deem oportunidades para pessoas trans, deem voz para pessoas trans, deem visibilidade para pessoas trans, consumam da cultura trans, normalizem a nossa presença e qualquer espaço. Já somos extremamente invisibilizades e marginalizades pela sociedade como um todo. Se você se diz uma pessoa trans aliada, use de seus privilégios para empoderar a nossa causa.

 

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