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Pesquisa

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Um terço do mercado financeiro está distante da agenda sustentável

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Postado:

Fonte:

14/02/22

Folha de São Paulo

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O mercado financeiro brasileiro ainda está longe de ter um perfil engajado com a sustentabilidade. Apesar da onda ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês), instituições do setor —como bancos, corretoras e gestoras de recursos— são consideradas distantes ou iniciantes nessa jornada.

 

É o que mostra um levantamento feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha e a consultoria Na Rua.

 

Com o objetivo de entender em qual estágio o mercado brasileiro está na agenda sustentável, a entidade ouviu 265 empresas entre janeiro e julho de 2021.

 

Cinco perfis de instituições financeiras foram identificados: desconfiado, distante, iniciado, emergente e avançado.

 

Segundo a pesquisa, o perfil distante lidera o ranking, com 35% da amostra. As companhias enquadradas nessa categoria são aquelas com baixa implementação de práticas sustentáveis e uma visão simplificada sobre o tema —entendendo-o como um compromisso exclusivo com o meio ambiente. ​

 

A maioria das empresas nesse perfil são gestoras de recursos (81%), com média de R$ 2,3 bilhões em ativos sob gestão. Além disso, metade das distribuidoras e corretoras que participaram da pesquisa foram consideradas distantes em relação à sustentabilidade.

 

O segundo perfil predominante foi o iniciado. Quase um terço das instituições financeiras (32,1%) estão nessa categoria, que engloba as companhias com iniciativas mais simples, como uso de lâmpadas sustentáveis e coleta seletiva do lixo.

 

As práticas, contudo, ficam restritas ao ambiente interno do escritório e não são consideradas na hora de fazer negócios. De acordo com o levantamento, uma parcela significativa dos bancos (40%) encontra-se nesse perfil.

 

Juntas, as instituições financeiras consideradas distantes ou iniciadas representam 67,1% da amostra.

 

O levantamento também mapeou as empresas emergentes, ou seja, que estão começando a implementar práticas ESG de forma mais robusta. Elas representam 21,5% do mercado brasileiro.

 

O comportamento desse perfil, segundo a pesquisa, indica um processo de transição sustentável. São instituições que já entendem o tema em suas dimensões ambiental, social e de governança, mas ainda têm dificuldades em colocar isso na prática do negócio.

 

Já os extremos são minoria na pesquisa. Apenas 6,8% das instituições financeiras são engajadas e veem a sustentabilidade como parte da estratégia de negócio.

 

No polo oposto, o perfil desconfiado é o que possui menor presença, correspondendo a 4,2% do mercado financeiro brasileiro. Estão nessa categoria empresas que veem a sustentabilidade com ceticismo e potencial entrave para o desenvolvimento do negócio.

 



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