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As 10 grandes tendências do mercado em termos de diversidade e inclusão para 2022

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05/04/22

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1) O futuro da pandemia se concentrará na saúde mental.

 

Em 2022, o mundo precisará reconhecer o trauma que a pandemia deixou. A vida pode estar se normalizando, mas muitas pessoas ainda estão lutando contra a tristeza, a depressão e a ansiedade. “Um trabalho real terá de ser feito porque veremos muitos com um desalento profundo em 2022”, disse Rhonda Medows, presidente de saúde da população da rede de hospitais Providence. “Acho que estamos olhando para uma geração perdida se não fizermos nada”, acrescentou, referindo-se aos desafios que as crianças e os adolescentes enfrentaram nessa época.

 

Mas a demanda por serviços de saúde mental está superando a oferta. Uma pesquisa publicada pelo jornal médico The Lancet mostrou um aumento de 28% nos casos de depressão no mundo durante a pandemia. Muitos países enfrentam uma escassez de médicos; e no Brasil não é diferente, pois por aqui há um problema de má distribuição geográfica e falta de médicos em diversas especialidades. O problema se eleva agora que há muitos profissionais da saúde lutando contra o seu próprio esgotamento devido à pandemia.

 

As plataformas digitais podem fazer uma diferença imediata nessa frente. Os pesquisadores já estão tentando encontrar biomarcadores, incluindo testes genéticos, para combinar pessoas com drogas como antidepressivos, que funcionam de maneira diferente em cada indivíduo. A próxima fronteira também incluirá aplicativos e dispositivos vestíveis para ajudar as pessoas a administrar seu tratamento, disse Courtney Billington, presidente da farmacêutica Janssen Neuroscience. Essas ferramentas permitirão que as pessoas registrem seus sintomas em tempo real ou rastreiem os sinais vitais que podem estar relacionados à sua saúde mental, como a frequência cardíaca. E esses dados poderão ser compartilhados ou monitorados por médicos.

 

2) Nossos deslocamentos se tornarão mais fáceis (ou desaparecerão por completo).

 

O trabalho flexível é um fato: 93% dos trabalhadores de todo o mundo desejam liberdade para decidir onde e quando farão seu trabalho. Desde que os escritórios foram reabertos, as pessoas estão aparecendo mais tarde e saindo mais cedo, de acordo com dados da empresa de mobiliário corporativo MillerKnoll. O afastamento dos horários de pico tradicionais distribuirá o tráfego de maneira mais uniforme ao longo do dia e dará aos sistemas de trânsito um alívio necessário, disse Ryan Anderson, vice-presidente de pesquisa global da MillerKnoll.

Mas por melhor que pareça o fim da hora do rush, devemos pensar maior, diz Marco Te Brömmelstroet da Universidade de Amsterdã. Talvez devêssemos descartar o trajeto casa-trabalho como o conhecemos. “Para melhorar a qualidade de vida, precisamos nos tornar menos dependentes da mobilidade e mais comprometidos com a proximidade local”. Tornar o trabalho — mesmo em um escritório — a apenas uma caminhada ou um curto passeio de bicicleta pode ser algo reservado para mais de nós. As Superquadras de Barcelona e as cidades de 15 minutos oferecem dicas do que está por vir.

 

3) Os funcionários da linha de frente irão ganhar força – finalmente.

 

No fim do ano passado, enquanto a Amazon intensificava sua busca usual para os trabalhadores antes da temporada de compras de final de ano, a empresa ofereceu bônus de até US$ 1.000 para atrair novos funcionários em seus depósitos nos Estados Unidos. Este ano, a gigante do comércio eletrônico está oferecendo até o triplo desse valor.

Após anos de salários estagnados e condições de trabalho sombrias, os trabalhadores da linha de frente do mundo em áreas como varejo, hotelaria e atendimento ao cliente podem estar caminhando para tempos melhores.

 

Ryan Buell, professor na Harvard Business School, argumenta que empregadores inteligentes começarão a ver os benefícios de restabelecer o contato humano mais próximo com os clientes em um mundo pós-pandemia. Isso se traduzirá em “aumento da remuneração e melhor logística” para os trabalhadores da linha de frente que fazem esse tipo de relacionamento acontecer, argumenta Buell.

 

A economista-chefe do LinkedIn, Karin Kimbrough, vai um passo além, prevendo que “os funcionários continuarão a negociar com os empregadores” nos Estados Unidos. Eles serão ajudados por uma economia forte em 2022, em que a taxa de desemprego americana poderia encolher para 3,5%, dos atuais 4,8%.

 

Este novo futuro contará com mais funcionários vocais, que não hesitarão em abandonar o barco se estiverem infelizes, diz Joshua Luna, fundador da Mgmt, uma organização de treinamento e coaching. “A dinâmica de poder mudará dos empregadores e os deixará ansiosos por talentos como nunca antes”, afirma ele.

 

4) A diversidade no trabalho se tornará multidimensional.

 

Em 2021, na esteira dos assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor em 2020, as empresas prometeram levar a sério seus programas de diversidade. Em 2022, a barra será elevada e as ações das empresas serão julgadas com base em como elas abordam a igualdade racial e de gênero como um todo, não apenas como esforços isolados.

 

Cerca de 96% das empresas americanas reportam a representação de gênero de seus funcionários em todos os níveis e 90% reportam representação em níveis seniores, de acordo com o relatório Women in the Workplace, da consultoria McKinsey e da organização LeanIn. No entanto, apenas 54% das empresas rastreiam gênero e raça/etnia – ou seja, mulheres negras ou latinas na liderança sênior. Isso torna as mulheres negras “invisíveis”, diz a CEO da LeanIn, Rachel Schall Thomas.

 

As empresas estarão à altura do desafio? O melhor talento exigirá isso. Cerca de 50% das mulheres multiculturais estão pensando em deixar seus empregos nos próximos dois anos porque acreditam que tanto o gênero como a raça tornam mais difícil o avanço. “Precisamos nos tornar co-conspiradores”, disse Ella Bell Smith, autora de "Our Separate Ways, With a New Preface and Epilogue: Black and White Women and the Struggle for Professional Identity". "Se todas as mulheres não avançam, nenhum grupo avançará a longo prazo".

 

 

5) As cidades começarão a funcionar com criptomoedas.

 

Enquanto os governos nacionais em todo o mundo enfrentam dúvidas sobre sua eficiência e confiabilidade, muitos governos estaduais e municipais começaram a intensificar e experimentar novas abordagens para alguns de seus desafios. Isso inclui as criptomoedas, que passaram  a ser adotadas para financiar serviços municipais e novos programas, além de servir para pagar funcionários públicos.

 

Miami, por exemplo, fechou um acordo com a organização sem fins lucrativos CityCoins, o que fez a cidade arrecadar US$ 7,1 milhões com a MiamiCoin. Em Reno, no estado de Nevada, a prefeita Hillary Schieve propôs um plano que inclui a venda de NFTs para apoiar a arte pública. Ela também pretende usar organizações autônomas para vender propriedades da cidade por meio de criptomoedas.

 

A vantagem da adoção de criptomoedas e do blockchain para o governo é o aumento da transparência. A automação da maioria dos processos também pode reduzir a burocracia e a probabilidade de erros na administração pública.

 

“A integração de formatos de organização baseados em blockchain permitirá que as instituições gerenciem bens públicos de uma forma muito mais eficiente e transparente, além de uma redução de custos e uma aceleração drástica do processo de tomada de decisão”, disse Niek Van der Voort, COO da MetaMundo e Construtor DAO. “O número de organizações que adotarão criptomoedas para enfrentar os desafios públicos crescerá exponencialmente”.

 

6) Vamos dirigir em estradas de plástico.

 

As rodovias e estradas do Brasil já viram dias melhores. O tráfego crescente e os efeitos das mudanças climáticas têm afetado essa infraestrutura crítica, com 59% das estradas do país com problemas.

 

Um dos maiores espinhos ambientais do mundo – o plástico – pode ajudar as estradas a resistir às tempestades que se avizinham.

 

Estradas feitas do material, que de outra forma terminaria em um incinerador, são mais fáceis de construir e mais capazes de lidar com chuvas fortes, explica o cofundador da PlasticRoad, Anne Koudstaal. “As estradas de plástico podem armazenar cerca de 300 litros de água por metro quadrado, bem mais do que a maioria das estradas de asfalto.”

 

Estradas de plástico duram mais, são mais fáceis de consertar e, ao contrário do asfalto, são fáceis de reciclar. Também faria um bom uso do excedente mundial de plástico, diz Doug Woodring, fundador da Ocean Recovery Alliance. “Acredito que estradas de plástico, se criadas em escala, oferecerão uma oportunidade de absorver centenas de milhares de toneladas [de plástico], quase da noite para o dia”.

 

 

7) As gigantes da tecnologia tentarão dominar o metaverso – e falharão.

 

Há uma invasão em andamento no metaverso e, pela primeira vez, o espólio não irá para as grandes empresas de tecnologia. A próxima evolução da web está chegando e saindo de nossas telas. É o metaverso, um termo que descreve as experiências 3D imersivas e colaborativas que já estão fazendo seu caminho em nossas vidas. Diga a palavra “metaverso” e a maioria das pessoas pensa em um headset que nos transporta para um mundo pixelado no qual interagimos com avatares digitais. Mas o metaverso é muito mais variado, de experiências aumentadas existentes (lembra do Pokémon Go?) a videogames de última geração.

 

 

 

À medida que embarcamos na próxima grande mudança de tecnologia, a tensão entre plataformas fechadas e abertas continuará. Assim como ocorreu na transição para os dispositivos móveis, as grandes empresas de tecnologia tentarão obter o máximo de controle possível sobre esse novo cenário. Basta ver a mudança de nome do Facebook, agora Meta.

 

Poucos dias depois, a Microsoft (controladora do LinkedIn) lançou seus próprios planos de metaverso. Mas, ao contrário dos paradigmas tecnológicos anteriores, o metaverso será muito mais difícil de isolar e controlar graças a duas forças significativas. O primeiro é o blockchain, que permitirá aos participantes do metaverso construir e usar tecnologia descentralizada, em vez de depender apenas das Big Tech. O segundo é que os artistas e tecnólogos que estão lançando as bases iniciais para o metaverso não estão em dívida com as grandes empresas da maneira como teriam antes. Graças ao blockchain, eles têm um meio descentralizado de ganhar dinheiro. Esta versão da web tem potencial para ser aberta e recompensar criadores individuais por suas contribuições.

 

8) Os ricos do mundo irão se declarar independentes.

 

As pessoas mais ricas do mundo têm se afastado lentamente de seus países de origem ao longo dos últimos anos, como mostram os aumentos graduais em contas off-shore e em viagens internacionais. Mas a pandemia e os crescentes riscos geopolíticos – particularmente ligados às questões de impostos e de criptomoedas – estão levando mais pessoas a estabelecer residência no exterior ou obter cidadanias adicionais. Larry Page (co-fundador do Google), Peter Thiel (co-fundador do PayPal) e Eric Schmidt (ex-CEO do Google) aderiram a essa tendência. Mas, para cada nome reconhecível, há dezenas de outros que fazem o mesmo silenciosamente.

 

Em 2022, essa mudança entrará em ação por vários motivos. Muitos dos bilionários do mundo – que viram um aumento de US$ 5 trilhões de dólares nos seus cofres em 2021 – estão protegendo sua riqueza de impostos ao estabelecer residência no exterior. Em segundo lugar, uma nova classe de cripto-ricos, que tendem a ser declaradamente antigovernamentais, está se estabelecendo em países que são menos propensos a regulamentar criptomoedas. Pagar até US$ 23 milhões por outro passaporte ou dois pode começar a soar razoável para um bilionário que vive em um mundo que ainda lida com uma pandemia, pois sua mobilidade seria amplamente determinada pelo acesso a um jato particular e por seu passaporte.

 

As aterrissagens suaves desses bilionários em outras paragens terá um custo alto para os países, como a perda de receitas fiscais para pagar pela infraestrutura pública, educação e sistemas de saúde.

 

9) Os atletas irão ser mais donos de suas carreiras.

 

Nos últimos anos, os melhores atletas profissionais do mundo ficaram mais empoderados no que diz respeito à tomada de decisões sobre onde e em que condições eles jogam e como as equipes e ligas funcionam. Esse movimento só deve aumentar no próximo ano.

 

Os negócios lucrativos da televisão se traduziram em aumentos salariais gigantescos para os atletas de ponta – e as mídias sociais oferecem aos atletas uma conexão direta com os fãs.

 

Os jogadores da NFL agora esperam ser consultados pelos donos das equipes sobre as decisões de técnicos, recrutamento e até mesmo as escolhas dos executivos. No ano passado, James Harden da NBA queria deixar o Houston Rockets, apesar da equipe dar a ele uma voz ativa em todas as suas principais decisões estratégicas. Quando o Houston se recusou a trocá-lo, ele chegou tarde aos treinos, desrespeitou os protocolos da Covid-19 e criticou publicamente a equipe. Em janeiro de 2021, ele se juntou ao Brooklyn Nets.

 

Isso se estende a causas sociais. Os jogadores da NBA colocaram o movimento Black Lives Matter em destaque em 2020 na bolha do basquete em Orlando. Os jogadores de futebol da Euro 2020 efetivamente baniram os refrigerantes das coletivas de imprensa do campeonato.

Em épocas anteriores, esses esforços seriam esmagados pelos executivos das equipes e das ligas. Mas as mídias sociais mudaram a narrativa a favor dos jogadores. “Novos canais de comunicação nos permitem transmitir nossa mensagem sem distorções”, afirma Iker Casillas, ex-goleiro da Seleção Espanhola e do Real Madrid e executivo da Fundação Real Madrid.

Com as Olimpíadas de Inverno na China e a Copa do Mundo FIFA no Catar em 2022, não faltarão oportunidades para os jogadores se manifestarem.

 

 

10) A conversa sobre salários sairá das sombras.

 

A competição feroz para recrutar trabalhadores talentosos, combinada com uma pressão crescente por responsabilizar as empresas por suas promessas de diversidade, forçará os empregadores a finalmente se abrirem sobre quem está ganhando o quê, de uma vez por todas.

 

Os  holerites já foram um mistério interno nos escritórios e objeto de muita especulação, fofoca e ressentimento. Mas, à medida que a equidade no trabalho ganha impulso, a transparência salarial começará a se popularizar, de acordo com Diane Domeyer, diretora-gerente da consultoria de RH Robert Half.

 

Embora a transparência salarial já aconteça no serviço público, o setor privado ainda engatinha na hora de oferecer a todos os funcionários acesso aos salários de seus colegas. Mas o ímpeto atual para a transparência salarial decorre da discussão crescente em torno do tratamento das desigualdades salariais de gênero e raça. “O desejo da sociedade de diminuir a diferença salarial para grupos minorizados é o que está realmente no cerne dessa questão”, diz Domeyer.

Muitos estados dos EUA agora proíbem as empresas de discutir o histórico de salário com os funcionários em potencial durante o processo de recrutamento, para forçar as empresas a pagar com base na média atual do mercado. A transparência salarial é o próximo passo lógico. “Sem isso, as pessoas sempre sentirão que não estão recebendo o suficiente”, diz Domeyer.

 

Alguns empregadores temem que esse tipo de abertura salarial possa gerar ressentimento entre os colegas e ajudar os rivais a roubar seus funcionários. Domeyer afirma que os pontos positivos superam os negativos e que as empresas logo serão compelidas a agir com transparência de qualquer maneira. “As organizações têm a vantagem de estar à frente da legislação e demonstrar aos funcionários que se preocupam com a igualdade e a inclusão”.

 

 



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